Descrição
Essa HQ adapta a história de Joseph K., que é preso sem explicação e forçado a enfrentar um sistema jurídico absurdo. O labirinto no qual ele acaba se perdendo é aquele dá origem ao termo “kafkaniano”. Um retrato da burocracia autoritária, tão atual e relevante hoje quanto quando foi escrito.
“Esta adaptação de Kafka é perfeita… O espírito do livro se mantém ao mesmo tempo que Montellier demonstra seu talento… a psicose universal presente em cada página é pura Montellier. Este livro é tudo o que se pode querer de uma adaptação de um clássico literário”.
– (The Guardian)
“Uma gema preciosa… Assustadora, complexa e linda”.
– (The Independent)
“Chantal Montellier faz parte de uma geração politizada que emergiu nas décadas de 1960 e 1970. Uma geração de mulheres e homens que desafiaram a ordem imposta pela sociedade burguesa e tentaram deixar sua marca e sua mensagem a partir da sua arte. Os quadrinhos foram um meio de expressão política de pessoas que não aceitavam as limitações impostas pelo conservadorismo e pelo machismo da sociedade francesa na segunda metade do século XX.”
– Natania Nogueira (Aspas)
“Chantal Montellier é responsável por realizar o ato transgressor de recontar Kafka, munindo-se da mesma coragem contestatória (…). Seu modo de contar a história canônica acrescenta, e muito, à obra original, algo que não costuma acontecer em versões de clássicos em quadrinhos que, em sua maioria, não possuem alma nenhuma.”
– Filipe Pereira (Vortex Cultural)
“Os desenhos, sempre em branco e preto, dão vida ao ambiente asfixiante e desconcertante no qual a obra se desenvolve e transmitem um realismo proposital que procura mostrar ao leitor que qualquer um poderia estar na pele de Josef K um dia. A obra brilhante e arriscada, referência da literatura universal, chega aos quadrinhos conservando a essência sinistra que a literatura de Kafka exala”
– (Veja)
“A escolha de Mairowitz e Montelellier para a quadrinização da obra de Kafka (partindo do pressuposto que ela tinhaque ocorrer) não poderia ser mais acertada. O primeiro é íntimo do universo do escritor e um expoente crítico da contracultura europeia. A segunda é dona de um traço transgressor que muito se aproxima da aura kafkaniana (…) o desenho representa com magnífica qualidade o pesadelo da mecânica da opressão, recheando cada quadro com as mais bizarras figuras. O desfecho consegue, de modo diverso ao do livro, transmitir a mesma sensação de perda, vazio e silêncio. Montellier e Mairowitz conseguiram uma obra autoral, mesmo que limitada pelo compromisso que uma adaptação impõe. O resultado é uma obra ímpar, que deve ser lida como tal, para que se concretize a missão que arte deve ter de contestar e expor que os Homens tentam esconder.”
– Fabio Farias (Formiga Elétrica)
Chantal Montellier é entrevistada pelo O Globo