CUIDADO! CÃO BRAVO!

Baixinho e mal-encarado, atende pelo nome de Malagueta e é famoso por sua agressividade e uma fome insaciável. Foi avistado recentemente surfando em cima dos vagões de trem e a vagar pelas ruas e botecos, jogando sinuca e pedindo cigarro na cara de pau. Há quem diga que a única pessoa capaz de controlar o animal é sua dona, Iara. Mas na ausência dela, é melhor ficar longe do seu caminho!

Brincando com os clichês e exageros dos mangás de ação, adaptados para um cenário típico do centro de São Paulo, Gabriel Pieri cria um personagem destinado a entrar para a história dos quadrinhos brasileiros. Malagueta incorpora perfeitamente o espirito caótico das ruas: ele é violento, grosso, malandro, boca-suja e, acima de tudo, irresistivelmente divertido.

Blurbs:
“Malagueta, de Gabriel Pieri, me dá vontade de ser pintor. É cheio de verdade e associa, com raro brilho, o idioma popular e erudito, como um João Antônio imagético, a expressar, em sua sintaxe, a fala do povo brasileiro. Malagueta me mata a saudade do Brasil.” – João Pinheiro, autor de Depois que o Brasil Acabou (Veneta, 2021).

“Pieri é um prodígio técnico e intelectual e seu primeiro livro impresso deve ser festejado como o produto de uma nação orgulhosa, capaz de produzir gênios incomparáveis como Nelson Cavaquinho, Caymmi e Gabriel Pieri. Quem não gosta de Malagueta e, principalmente, do Brasil de Malagueta, bom sujeito não é.” – Rafa Campos Rocha, autor de Deus aos Domingos (Veneta, 2018).

“Vi o Malagueta nascer e ele me ganhou desde o início. Primeiro pelo humor, depois pela arte e narrativa impecáveis do Pieri. Mas particularmente pelo retrato de uma São Paulo malandra, dos botecos, dos pixos, dos motoristas de busão velozes e furiosos, da cultura risca-faca, enfim, dos vira-latas. E cheia de problema, mas que ainda assim se ama e se homenageia em forma de gibi.” – Verônica Berta, autora de Ânsia Eterna (SESI SP, 2018).

“Nunca havia estado em São Paulo, mas Malagueta foi meu guia antes de pisar lá.” – Dave Nadaver, autor de Susy Sukenban (Escória Comix, 2021).