“Desejo que meus leitores entendam a história da Revolta Pan-Africana. Eles lutaram,
sofreram – eles ainda estão lutando. Uma vez que entendemos isso, podemos enfrentar
nossos problemas com o equilíbrio mental necessário” — C.L.R. James

O maior pensador marxista das Américas, C.L.R. James usa seu rigor, erudição e sensibilidade para descrever um amplo panorama do que foi o movimento negro no Caribe,
Estados Unidos e África, ao longo dos séculos.

O livro narra a história de diversos levantes e rebeliões contra o imperialismo e o colonialismo em países da diáspora africana. Estão lá a Revolução Haitiana, a Revolta de Morant Bay, na Jamaica, a resistência Zulu e diversos outros movimentos de independência em países africanos.
Publicado originalmente em 1938 (no mesmo ano de outro famoso livro de James: Os Jacobinos Negros) e expandido em 1969, este trabalho continua sendo o relato clássico da
história da resistência negra global. Um livro que teve influência decisiva nos debates a respeito da resistência ao racismo no século XX.

“Uma História da Revolta Pan-Africana é um daqueles raros livros que continua a despertar a urgência, tanto tempo depois de ter sido publicado pela primeira vez. Repetidas vezes, suas lições provaram ser valiosas e relevantes para a compreensão dos movimentos de libertação na África e na diáspora. Cada geração que teve a oportunidade de ler este pequeno livro encontra novos insights, novas lições, novas visões para sua própria época (…) Não é apenas mais um livro de história; é um documento histórico por si só” — Robin D. G. Kelley, da Introdução

“Clássico do pensamento político, neste trabalho, James analisa as condições históricas e contemporâneas da luta internacional antirracista” – Marcio Farias, no Posfácio

“Um manancial de ideias avançando muito à frente de seu tempo” — Walter Rodney

“Quando olhamos para trás, para aquelas pessoas que foram mais previdentes, que começaram a desvendar a confusão da ideologia em nossos tempos, que eram ao mesmo tempo marxistas com uma base teórica sólida e estudiosos atentos da sociedade, humanistas com uma tremenda sensibilidade e compreensão da cultura humana, o camarada James é um dos primeiros em quem pensamos” — E.P. Thompson

“C.L. R. James teve uma influência sobre o pensamento que alimentou os movimentos de independência nas Índias Ocidentais e na África maior do que qualquer outro homem vivo”— Sunday Times

“O trabalho pioneiro de James sobre a resistência negra. As brilhantes ideias articuladas em A História da Revolta Pan-Africana determinaram a maneira de estudar os movimentos sociais negros. A introdução de Robin Kelley situa muito bem James e seu pensamento no mundo dos
intelectuais pan-africanos e marxistas” — Sundiata Cha-Jua

Sobre os autores:

C.L.R. James
O historiador, jornalista, pensador e militante socialista Cyril Lionel Robert James (1901-1989), nasceu em Trinidad e Tobago, onde é lembrado como um dos pais da independência do país.
Na Inglaterra e nos Estados Unidos, ele é celebrado como um pioneiro do movimento negro.
Mas seu pensamento teve também influência decisiva sobre os movimentos anticoloniais na África. Extremamente erudito, escreveu com profundidade e elegância a respeito de temas os mais variados, de Shakespeare e Melville ao cricket (um de seus livros sobre o assunto é considerado o melhor já escrito sobre esportes). Debateu com alguns dos maiores pensadores marxistas do século XX, de Leon Trotsky a E.P. Thompson.

Robin Kelley (prefácio)

Robin Davis Gibram Kelley nasceu em março de 1962 em Nova York. É historiador, professor de História dos Estados Unidos na Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles. É autor de diversos livros sobre a história do movimento negro e de uma biografia do pianista Thelonious Monk.

Marcio Farias (posfácio)

É mestre e doutor em Psicologia Social pela PUC de São Paulo. É autor do livro Clovis Moura e o Brasil: um ensaio crítico (Dandara Editora, 2021) e organizador do livro Violência e Sociedade: Racismo como Estruturante da Sociedade e da Subjetividade do Povo Brasileiro (Escuta Editora, 2018).

Notas: Rogério de Campos
Tradução: Alexandre Boide
Ilustrações: Luciano Feijah