Descrição
No coração do Recôncavo Baiano, a dança e a música do Samba de Roda ecoam através dos séculos, conectando passado e presente, tradição e modernidade. Criado pelos africanos escravizados que habitaram essa região da Bahia, o Samba de Roda é um dos pilares da cultura popular brasileira. Suas raízes profundas na África, mescladas com influências portuguesas, criaram um ritmo que transbordou fronteiras, tornando-se um dos maiores símbolos da identidade nacional.
Às vésperas do centenário de Mãe Cininha, matriarca da comunidade Uaipi, amigos e familiares se reúnem em uma festa e se preparam para ensaiar as chulas. A expectativa é grande pela chegada de Tito, que, até aquele momento, se encontra incomunicável. Enquanto isso, a caipora e o marujo espreitam a mata.
Samba de Roda, escrito por Juliana Barreto Farias e ilustrado por Gabriel Gabiru, faz um mergulho vibrante na ancestralidade e na magia da roda. Através de cada passo de dança, de cada canto e cada toque de viola machete, o leitor será transportado para a celebração e cerimônia onde mulheres e homens se reúnem em círculos, dançando, cantando e trocando saberes. A umbigada, o miudinho e o ritmo contagiante da comunidade se entrelaçam com uma rica tapeçaria de personagens e memórias.
Sobre os autores:
Juliana Barreto Farias é professora-adjunta no curso de História da Unilab-Malês e no PPG em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras da UNEB, Salvador. Doutora em História Social pela USP, especialista em história da África e da diáspora africana, publicou, entre outros livros, Mulheres negras no Brasil escravista e no pós-emancipação e Diáspora mina: africanos entre o golfo do Benin e o Brasil (Nau Editora, 2020).
Gabriel Gabiru é professor, designer, formador, artista comunicador e mestre pesquisador. Através da dialética entre tradição e novos saberes, identidade e produção de novas tecnologias, conduz projetos como o Povo Tradicional de Matriz Africana (POTMA) e Amefricanidade.