Juliana Frank: “Precisava escrever para me comunicar”
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por Seham Furlan
Quando criança, Juliana Frank gostava de fingir que trabalhava com o pai, até mesmo frequentava algumas reuniões e opinava feito gente grande. A escrita entrou em sua vida como uma necessidade: era rouca e as palavras precisavam sair de alguma maneira que não pela voz.
Hoje, Juliana é escritora e roteirista, assinando O Paraíso de John John ao lado de André Curtarelli e Rafa Campos Rocha. Também é autora de Meu Coração de Pedra Pomes (Companhia das Letras, 2013). Conversamos com a autora sobre as histórias da infância, seu gosto pela escrita e o processo criativo do simpático John John. Confira a entrevista na íntegra a seguir.
OH!: Como você começou a se interessar pela escrita?
Juliana Frank: Eu era muito nova e muito rouca. Fazia tratamento com uma fonoaudióloga. Parte desse tratamento era repouso vocal, precisava escrever para me comunicar. Então comecei a fazer diários, poesias e contos. Ainda sou bem rouca, mas minha voz sai com naturalidade atualmente.
OH!: Alguma leitura te marcou quando criança? Os quadrinhos faziam parte da sua estante?
J. K.: Sempre fui fã da Turma da Mônica. Até escrevi uns gibis na adolescência. Minha história preferida na juventude era V de Vingança.
OH!: O que gostava de fazer na infância?
J. K.: Eu fazia teatro e gostava de fingir que trabalhava com meu pai, ia com ele em reuniões e gostava de opinar. Fazia bem pro meu ego.
OH!: Você já havia escrito roteiro para quadrinhos antes?
J. K.: Me lembro que escrevi um quadrinho da Emília, na revistinha do Sítio. Faz muitos anos isso. Me lembro do título: A sócia da Sósia.
OH!: Quais foram os principais desafios desse livro?
J. K.: Todo livro é um grande desafio. Foi o André quem criou o personagem principal, eu tive que aprender bem sobre a personalidade dele e criar em cima.
OH!: Do que você mais gosta no John John?
J. K.: Do hedonismo. Ele quer sempre comer para se sentir bem, para ter prazer.
OH!: Você também tem um cachorro, certo? Ele também te inspirou de alguma forma na criação do John John?
J. K.: Eu ainda não tinha o Sask. Nunca tive um animal como John John. Mas a criatividade é uma técnica e a gente que escreve, inventa e adivinha o tempo todo.
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