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Love and Rockets – Neil Gaiman entrevista Gilbert e Jaime Hernandez (E-pub)

Em 1995, a Comics Journal convidou Neil Gaiman para entrevistar os irmãos Gilbert e Jaime Hernandez. Com sua mistura de grandes entrevistas e furioso rigor crítico, a Comics Journal já estava na época consolidada como a principal revista a respeito de quadrinhos nos Estados Unidos.

Em 1995, Neil Gaiman era já um astro. Seu Sandman vendia mais que a maior parte dos gibis de super-heróis. Mas Gaiman é um fã da Love and Rockets. Então, apesar de todas as tarefas que tinha como astro dos quadrinhos, Gaiman aceitou o convite da Comics Journal.

Ele tinha já bastante experiência com entrevistas. Antes de ser roteirista, foi jornalista (seu primeiro livro é uma biografia do Duran Duran, uma banda pop muito popular nos anos 1980). Mas o resultado não foi um simples encontro de entrevistador e entrevistados. Foi um encontro de criadores em um momento decisivo de suas carreiras. Para começar, nesta entrevista os Hernandez anunciam o final da Love and Rockets. Gaiman não anuncia, mas o ciclo de seu gibi do Sandman também chegava ao fim: a série que ele iniciara em janeiro de 1989 teria seu último número em março de 1996. Então, lendo agora, as perguntas que Gaiman faz parecem revelar muito das angústias dele.

Em um momento, Gilbert constata: “Virou ‘a entrevista de Neil Gaiman’” e todos dão risada. Mas é algo assim. Nestas próximas páginas entrevemos criadores conversando francamente sobre a escrita, personagens, leitores, carreira profissional, mercado… em um texto precioso que interessará não apenas aos fãs de Love and Rockets e Neil Gaiman, mas a todos que se interessam pelo processo criativo de artistas.

GAIMAN: No meio da última história, eu fiz uma edição bem completa para os leitores, cheia de coisas de que eles gostam [Sandman número 64]. Foi tipo: “Vocês têm se comportado, está aqui uma história do jeito que vocês gostam. Agora podemos voltar para o que interessa…?”.

GILBERT: Você se incomoda quando dá uma parada e faz algo para os fãs? E quando fica bom? Te incomoda quando fica bom? Você não pensa: “Bom, então o que estou fazendo o resto do tempo?”.

GAIMAN: Sim, sempre acontece isso. Há coisas que li na versão xerocada das histórias antes de estarem prontas para serem lançadas. Eu li uma das histórias mais populares de Sandman [número 31] e pensei: “Que história sem vergonha, óbvia” e perguntei: “Podemos tirar
essa?”.
E eles disseram: “Não! Não podemos tirar”. Aí saiu a revista e todo mundo adorou a história. E o estranho agora é que, quando vejo aquela história e comparo com as outras edições da mesma época, eu não entendo por que achei tão ruim. Isso é outra coisa…

R$0,00

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Love and Rockets – Neil Gaiman entrevista Gilbert e Jaime Hernandez (E-pub)

Em 1995, a Comics Journal convidou Neil Gaiman para entrevistar os irmãos Gilbert e Jaime Hernandez. Com sua mistura de grandes entrevistas e furioso rigor crítico, a Comics Journal já estava na época consolidada como a principal revista a respeito de quadrinhos nos Estados Unidos.

Em 1995, Neil Gaiman era já um astro. Seu Sandman vendia mais que a maior parte dos gibis de super-heróis. Mas Gaiman é um fã da Love and Rockets. Então, apesar de todas as tarefas que tinha como astro dos quadrinhos, Gaiman aceitou o convite da Comics Journal.

Ele tinha já bastante experiência com entrevistas. Antes de ser roteirista, foi jornalista (seu primeiro livro é uma biografia do Duran Duran, uma banda pop muito popular nos anos 1980). Mas o resultado não foi um simples encontro de entrevistador e entrevistados. Foi um encontro de criadores em um momento decisivo de suas carreiras. Para começar, nesta entrevista os Hernandez anunciam o final da Love and Rockets. Gaiman não anuncia, mas o ciclo de seu gibi do Sandman também chegava ao fim: a série que ele iniciara em janeiro de 1989 teria seu último número em março de 1996. Então, lendo agora, as perguntas que Gaiman faz parecem revelar muito das angústias dele.

Em um momento, Gilbert constata: “Virou ‘a entrevista de Neil Gaiman’” e todos dão risada. Mas é algo assim. Nestas próximas páginas entrevemos criadores conversando francamente sobre a escrita, personagens, leitores, carreira profissional, mercado… em um texto precioso que interessará não apenas aos fãs de Love and Rockets e Neil Gaiman, mas a todos que se interessam pelo processo criativo de artistas.

GAIMAN: No meio da última história, eu fiz uma edição bem completa para os leitores, cheia de coisas de que eles gostam [Sandman número 64]. Foi tipo: “Vocês têm se comportado, está aqui uma história do jeito que vocês gostam. Agora podemos voltar para o que interessa…?”.

GILBERT: Você se incomoda quando dá uma parada e faz algo para os fãs? E quando fica bom? Te incomoda quando fica bom? Você não pensa: “Bom, então o que estou fazendo o resto do tempo?”.

GAIMAN: Sim, sempre acontece isso. Há coisas que li na versão xerocada das histórias antes de estarem prontas para serem lançadas. Eu li uma das histórias mais populares de Sandman [número 31] e pensei: “Que história sem vergonha, óbvia” e perguntei: “Podemos tirar
essa?”.
E eles disseram: “Não! Não podemos tirar”. Aí saiu a revista e todo mundo adorou a história. E o estranho agora é que, quando vejo aquela história e comparo com as outras edições da mesma época, eu não entendo por que achei tão ruim. Isso é outra coisa…

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Descrição

Em 1995, a Comics Journal convidou Neil Gaiman para entrevistar os irmãos Gilbert e Jaime Hernandez. Com sua mistura de grandes entrevistas e furioso rigor crítico, a Comics Journal já estava na época consolidada como a principal revista a respeito de quadrinhos nos Estados Unidos.

Em 1995, Neil Gaiman era já um astro. Seu Sandman vendia mais que a maior parte dos gibis de super-heróis. Mas Gaiman é um fã da Love and Rockets. Então, apesar de todas as tarefas que tinha como astro dos quadrinhos, Gaiman aceitou o convite da Comics Journal.

Ele tinha já bastante experiência com entrevistas. Antes de ser roteirista, foi jornalista (seu primeiro livro é uma biografia do Duran Duran, uma banda pop muito popular nos anos 1980). Mas o resultado não foi um simples encontro de entrevistador e entrevistados. Foi um encontro de criadores em um momento decisivo de suas carreiras. Para começar, nesta entrevista os Hernandez anunciam o final da Love and Rockets. Gaiman não anuncia, mas o ciclo de seu gibi do Sandman também chegava ao fim: a série que ele iniciara em janeiro de 1989 teria seu último número em março de 1996. Então, lendo agora, as perguntas que Gaiman faz parecem revelar muito das angústias dele.

Em um momento, Gilbert constata: “Virou ‘a entrevista de Neil Gaiman’” e todos dão risada. Mas é algo assim. Nestas próximas páginas entrevemos criadores conversando francamente sobre a escrita, personagens, leitores, carreira profissional, mercado… em um texto precioso que interessará não apenas aos fãs de Love and Rockets e Neil Gaiman, mas a todos que se interessam pelo processo criativo de artistas.

GAIMAN: No meio da última história, eu fiz uma edição bem completa para os leitores, cheia de coisas de que eles gostam [Sandman número 64]. Foi tipo: “Vocês têm se comportado, está aqui uma história do jeito que vocês gostam. Agora podemos voltar para o que interessa…?”.

GILBERT: Você se incomoda quando dá uma parada e faz algo para os fãs? E quando fica bom? Te incomoda quando fica bom? Você não pensa: “Bom, então o que estou fazendo o resto do tempo?”.

GAIMAN: Sim, sempre acontece isso. Há coisas que li na versão xerocada das histórias antes de estarem prontas para serem lançadas. Eu li uma das histórias mais populares de Sandman [número 31] e pensei: “Que história sem vergonha, óbvia” e perguntei: “Podemos tirar
essa?”.
E eles disseram: “Não! Não podemos tirar”. Aí saiu a revista e todo mundo adorou a história. E o estranho agora é que, quando vejo aquela história e comparo com as outras edições da mesma época, eu não entendo por que achei tão ruim. Isso é outra coisa…

Sobre os autores:

Após alguns anos trabalhando como jornalista especializado em cultura pop, Neil Gaiman fez amizade com Alan Moore e, com o apoio deste, começou sua carreira como roteirista de HQ. Substituiu Moore como roteirista da série “Miracleman” e na sequência escreveu diversas graphic novels em parceria com Dave McKean. Mas acabou ficando famoso mesmo quando tomou o nome de um velho super-herói da DC Comics e criou um personagem totalmente novo: Sandman. Certamente a série de maior sucesso na história da chamada Invasão Britânica que revolucionou os comic books norte-americanos dos anos 1980 e 1990. É coautor de A Vida Secreta de Londres (Veneta, 2017).

Jaime Hernandez nasceu em Oxnard em 1959. Em 1981, ao lado de seus irmãos mais velhos Gilbert e Mario, fundou a Love and Rockets, a mais influente publicação de quadrinhos alternativos da década de 1980. Foi lá que ele começou a publicar as aventuras de Maggie, Hopey e toda a turma, e logo alcançou aclamação do público por seu traço elegante, bem como pela força e a complexidade de suas personagens. Em 2016 foi vencedor do LA Times Book Prize e em 2017, ele e Gilbert foram incluídos no Hall da Fama dos Quadrinhos. Atualmente, segue vivendo em Los Angeles e publica novas edições da L&R sem muita regularidade, além de diversos projetos paralelos.

Nascido em Oxnard, California, em 1957, Gilberto Hernandez, ou simplesmente Beto, ficou mundialmente famoso como Gilbert. É criador, ao lado dos irmãos Jaime e Mario, da revista Love and Rockets. Essa foi a mais influente revista de quadrinhos alternativos da década de 1980, onde publicou originalmente sua série de HQS sobre a idílica cidade latina Palomar. Dele, a Veneta publicou Luba e sua Família (2021), Além de Palomar (2020), Diastrofismo Humano (2017) e Sopa de Lágrimas (2016).

Informação adicional

Nº de páginas

64

Versão

ePub

ISBN

978-65-86691-91-7