Descrição
“Uma estranha loucura se apodera das classes trabalhadoras das nações onde reina a civilização capitalista. Essa loucura traz em seu rastro misérias individuais e sociais que, durante séculos, torturaram a triste humanidade. Essa loucura é o amor ao trabalho, a paixão moribunda pelo trabalho, levada ao ponto da exaustão das forças vitais do indivíduo…”
Direito à Preguiça é, depois do próprio Manifesto Comunista, o texto marxista mais popular do século XIX. Paul Lafargue, o genro cubano de Karl Marx, completa a palavra de ordem lançada pelo sogro: trabalhadores de todo o mundo, unam-se e trabalhem menos!
O clássico que, com humor e erudição, demoliu a chamada “ética do trabalho” em uma edição anotada e com o também já clássico prefácio de Marilena Chaui.
Frases de imprensa:
“Ao escolher e propor como um direito um pecado capital, o autor visa diretamente ao que denomina “religião do trabalho”, o credo da burguesia (não só francesa) para dominar as mãos, os corações e as mentes do proletariado, em nome da nova figura assumida por Deus: o Progresso.” – Marilena Chaui, no prefácio da obra.
Sobre o autor:
Paul Lafargue (1842-1911) nasceu em Santiago de Cuba. Era mestiço de caraíba, africano e judeu. Se vangloriava de já ser internacionalista de sangue antes de se tornar um por razões político-filosóficas.
Sua família mudou-se para a Bordeaux quando ele tinha 9 anos. Lafargue estudou medicina em Paris, mas logo passou a se dedicar à militância política, primeiro com os republicanos, depois com os anarquistas e, finalmente, tornou-se o principal líder marxista na França. Casou-se com Laura, a segunda filha de Marx.
O Direito à Preguiça se tornou um dos marcos na luta pela limitação da jornada de trabalho. Durante muito tempo, foi a obra mais editada, traduzida e lida no movimento operário, depois do Manifesto Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels.