Descrição
“Rogério de Campos entende do assunto. Um sommelier, mas no sentido etimológico da palavra – aquele que transporta o vinho (em bêtes de somme) para os castelos, e também o prova. Porque é o que ele é, um trabalhador e um provador, que constrói incansavelmente essa nossa história: quadrinho por quadrinho, num desenho mágico.”
– Laerte
Esqueça tudo o que você acha que sabe sobre quadrinhos. “HQ: uma pequena história dos quadrinhos para uso das novas gerações”, de Rogério de Campos, apresenta uma “pequena, subjetiva, incompleta história” do que se convencionou chamar “a nona arte”.
Partindo das origens orientais com os bophas, sacerdotes contadores de histórias que circulavam pela Índia desde o Século V (os mesmos que, de quebra, também inventaram o cinema), passando pelas técnicas pioneiras de impressão e produção de papel dos chineses até as criações de um certo professor suíço, Rodolphe Töpffer, o livro narra as as invenções e reinvenções que marcaram o desenvolvimento da linguagem dos quadrinhos.
Até chegar a marcos contemporâneos, como a ascensão e queda dos super-heróis (e a forma como as grandes editoras norte-americanas se aproveitaram da censura para voltar ao topo do mercado), a geração gekigá de Tatsumi e Tsuge, que inspirou os jovens japoneses a tomarem as ruas, o escandaloso affair da Valentina de Crepax com Leon Trótski. Além do assassinato precoce dos quadrinhos eróticos brasileiros pelas mãos da ditadura militar.
Uma coedição da Veneta com o Sesc, “HQ: uma pequena história dos quadrinhos para uso das novas gerações” é um passeio deliciosamente subversivo pelos tantos cenários, nomes e situações que construíram essa história, em todas as suas versões e narrativas. Um livro capaz de surpreender tanto os iniciados quanto aqueles que nunca leram um gibi. Afinal, como dizia Harvey Pekar, “Quadrinhos são palavras e imagens. Você pode fazer qualquer coisa com palavras e imagens”.
Sobre o autor:
Rogério de Campos é escritor, tradutor e editor. Nos anos 80, foi idealizador da lendária revista Animal, que trouxe a vanguarda dos quadrinhos europeus ao Brasil. Depois, fundou a editora Conrad. Foi o editor responsável pela publicação no Brasil de séries e autores como Robert Crumb, Dragon Ball, Marcello Quintanilha, Neil Gaiman, Marcelo D’Salete, Cavaleiros do Zodíaco, João Pinheiro, André Toral, Joe Sacco, Yoshiharu Tsuge, Daniel Clowes e Vagabond. Em 2012, criou a Veneta, que tem recebido prêmios nacionais e internacionais e se estabelecido como uma das principais casas brasileiras do ramo.
Em seu trabalho como ensaísta e escritor, destaca-se o livro Imageria: o nascimento das histórias em quadrinhos (Veneta, 2015), que recebeu o prêmio HQ Mix de melhor obra teórica e foi selecionado pelo crítico inglês Paul Gravett como uma das dez melhores obras sobre quadrinhos publicadas no mundo naquele ano. É também coautor, com Maurício Tagliari, do Dicionário do Vinho (Companhia Editora Nacional, 2010), ganhador de um prêmio Jabuti, e do livreto Superman e o Romantismo de Aço (Ugra Press, 2018).
Frases de imprensa:
“Este livro é subversivo. Ele se propõe a contar a história das histórias em quadrinhos. E conta. Mas é uma história das histórias em quadrinhos diferente das que você encontrará por aí. É o livro mais divertido que já se escreveu sobre o assunto!”
– Érico Assis
“Temos aqui um trabalho verdadeiramente impressionante, que atravessa as mais diferentes culturas, histórias, épocas e criadores!”
– Paul Gravett
“Um esplêndido, esplêndido livro.”
– Paul Buhle