Pela primeira vez no Brasil, o trabalho da misteriosa e ousada quadrinista Kuniko Tsurita.

Numa época em que as artistas mulheres eram minoria até nos gibis dirigidos ao público feminino, surgiu Kuniko Tsurita quebrando regras, rompendo tabus e tornando-se a primeira mulher a publicar regularmente na legendária Garo, a revista que liderou os mangás de vanguarda no Japão. Tsurita não apenas foi aquela que melhor retratou a cena underground do Japão dos anos 1960, mas também uma pioneira que, por exemplo, ousou a retratar amores explicitamente lésbicos.

Misturando influências da literatura francesa (Sade, Jean Genet, Le Clésio, Céline, Camus…) com outras das artes plásticas (Dürer, Käthe Kollwitz, Aubrey Beardsley, Goya…) e o psicodelismo de artistas como Tadanori Yokoo e Aquirax Uno, os quadrinhos de Tsurita são de tirar o fôlego, impressionantes em sua ousadia e beleza.

A Tragédia da Princesa Rokunomiya é uma ampla coletânea que reúne desde as primeiras histórias publicadas na Garo até a última, Flight, que, entre outras coisas, fala de voar sobre a floresta amazônica. A edição conta inclusive com um texto de Naoyuki Takahashi, viúvo de Tsurita, a respeito do interesse que a artista tinha pelo Brasil.

Sobre a autora: Kuniko Tsurita nasceu em 1947 e, em 1965, aos 18 anos, estreou na revista Garo, na qual foi, por mais de 10 anos, a primeira e única mulher a publicar regularmente. Em 1973, foi diagnosticada com lúpus. A partir de então, foi apenas com muito sacrifício que pode seguir criando seus quadrinhos. Ela morreu em 1985, com trinta e sete anos.

 “A inovadora artista que moldou a história do mangá.”
– The Atlantic

“Para se ler com urgência: a obra fulgurante da mangaká Kuniko Tsurita (…) Uma autora tão à frente de seu tempo que faz a maior parte da produção dos quadrinhos de hoje parecer ultrapassada.”
– Les Inrockuptibles

“Uma satírica subversão dos ideais sociais e culturais de feminilidade impostos por uma indústria dominada por homens.”
– Art Review

“Uma mangaká pioneira e inclassificável.”
– Radio France

“Leitura essencial para os fãs de quadrinhos underground.”
– Publishers Weekly

“Histórias magistralmente elaboradas e profundamente comoventes.”
– Library Journal

“Para ler e reler repetidas vezes, por prazer e para reflexão.”
– Pop Matter